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A filmografia de Tarantino que levou à “Era uma vez em Hollywood”
Cães de Aluguel – 1992
O filme de estreia do diretor já dava sinais de sua genialidade, a cena inicial, na qual os personagens discutem sobre o teor da música “Like a Virgin” enquanto a câmera passeia em círculo pela mesa, já é um marco na história do cinema.
Pulp Fiction – 1994
Tarantino homenageia a cultura pulp dos gibis. Neste filme, que o lançou ao mundo como um diretor com assinatura própria. As histórias entrecruzadas sobre uma maleta, cujo conteúdo nunca é revelado, trouxeram a violência gráfica e os diálogos afiados como uma marca do cineasta.
Jackie Brown – 1997
Um jogo de intrigas envolvendo uma aeromoça foi o plot dessa trama, que foi adaptada de um romance policial de 1992. Tarantino dessa vez traz o seu talento como diretor para celebrar a cultura do Blaxploitation.
Kill Bill – 2003
A obra-prima de Tarantino chegou aos cinemas, dividida em duas partes. Aqui temos o pináculo das obras tarantinescas. A noiva em busca de vingança deixa pelo caminho um rastro de sangue e referências que fizeram a bagagem cultural de seu diretor. Westerns, animes, espadas samurais e lógico: diálogos afiados entrecortados de cultura pop.
À prova de morte – 2007
Em parceria com seu amigo, e também diretor, Robert Rodriguez Tarantino continua homenageando as várias faces da cultura pop neste filme, que foi lançado primeiramente como um filme duplo, “À Prova de Morte” sucedia uma série de trailers fictícios e um curta de zumbis. Essa fórmula de filme duplo era comum nos anos 70.
Bastardos Inglórios – 2009
Na cesta de homenagens de Tarantino não poderia faltar um filme sobre a 2ª guerra mundial. A França ocupada pelos nazistas serve de pano de fundo para essa aventura fictícia, que traz as melhores atuações da sua filmografia, Christoph Waltz, Mélanie Laurent, Daniel Brühl, Michael Fassbender e Brad Pitt abraçam seus personagens e entregam um filme que só existe, porque Tarantino é um apaixonado pelo cinema em todas as suas formas. Inclusive um cinema em chamas.
Django Livre – 2012
O faroeste já rendeu grandes filmes e Tarantino resolveu que era hora de levar sua visão apaixonada pelos filmes de bangue-bangue ao sul escravocrata norte-americano. Jamie Foxx é o melhor atirador destas terras acompanhado do “dentista” alemão interpretado por Christoph Waltz. Em se tratando de obras tarantinescas é de se esperar certo nível de violência gráfica, porém, as cenas retratadas na película fizeram muitas pessoas embrulhar o estômago.
Os Oito Odiados – 2015
O oitavo filme do diretor traz sua sexta colaboração com Samuel L. Jackson, mas é a primeira vez que o ator encabeça a obra no papel de Marquis Warren um caçador de recompensas. Tarantino faz aqui sua homenagem aos filmes de confinamento, nos quais estranhos se encontram isolados num cenário gélido e desértico e tem que tomar as decisões certas para saírem vivos.
Era uma vez em HollyWood – 2019
Nove filmes depois de sua estreia na cadeira de diretor, chegou a vez de Tarantino lançar sua visão romântica sobre Hollywood. E aqui, sua paixão pelo cinema encontra um baita solo fértil. Estrelas eclipsadas pelo surgimento de outras, dublês e Sets de produções, o surgimento do Faroeste Espaguete, os hippies que perambulavam pelas ruas de Los Angeles, os letreiros luminosos e uma infinidade de elementos que fizeram uma geração inteira se apaixonar pela sétima arte. Inclusive um diretor que já fez uns nove filmes por aí.
Texto: Pedro Irie
Foto: Divulgação