Em dezembro de 2020, celebramos o centenário de uma das escritoras brasileiras mais importante da história da Literatura: Clarice Lispector.
Atualmente, muito conhecida por todas as frases impactantes, trechos e citações de seus livros (e algumas falas que são atribuídas erroneamente) compartilhadas em mídias sociais.
Mas Clarice, se posso ter a ousadia de chama-la só pelo primeiro nome (abrasileirado depois da chegada ao Brasil), é muito mais que isso. Ela é uma estrela apaixonante que se mantém perto dos nossos corações mesmo após mais de 40 anos da sua partida.

Nascida em Chechelnyk, na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, veio ainda bebê para o Brasil. Seus pais, judeus, fugiam da perseguição antissemita. Inicialmente, morou em Maceió. Depois Recife e, com a morte da mãe, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Graduou-se em Direito, no entanto, a literatura corria em suas veias desde pequena. Na infância, escreveu uma peça e contos, estes, enviados também para a página infantil do jornal local. Já na Universidade, trabalhou como jornalista e amor pelas letras venceu.
Em 1943, naturalizou-se brasileira para poder casar. No mesmo ano, publicou o primeiro livro, “Perto do Coração Selvagem”.
Seguiu com suas produções de contos e textos enquanto viajava pelo mundo com o marido diplomata.
Retornou ao Rio de Janeiro ao se divorciar e, a partir daí, vieram as publicações de algumas das grandes obras de sua carreira: “Laços de Família”, “A Paixão Segundo G.H” e “A Hora da Estrela”, último romance publicado em vida.
Grandiosa e única. Essa foi e sempre será Clarice Lispector.
Única mulher entre os autores de língua portuguesa mais traduzidos. 32 idiomas! O romance “A Hora da Estrela” foi o que obteve mais versões estrangeiras e possui uma adaptação cinematográfica.

Trabalhou como jornalista, escritora e tradutora. Reconhecida nacional e internacionalmente, estudada ao redor do mundo e premiada. Entre os mais importantes, destaca-se o Prêmio Jabuti.
Nos gêneros em que escreveu, encontram-se romances, contos e ensaios. Suas temáticas são atemporais e universais. Em seus textos são abordados assuntos psicológicos e existenciais, utilizando epifanias, fluxos de consciência e monólogos interiores.
Muito admirada, era vista como um mistério, reservada, um enigma. E, até hoje, encanta a todos com o seu talento e escrita ímpares.
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Texto: Andressa Rivas –
Leitora apaixonada pelos universos encontrados nos textos dos seus autores favoritos. Escritora aspirante, resenhista, listeira e blogueira nas horas vagas.
Foto: retirada da internet – Editora Rocco
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