Nono filme da saga Star Wars chega aos cinemas e mostra a força cinematográfica da fantasia
Nesta quinta-feira a comunidade Geek vai parar e o motivo já é ouvido por toda a galáxia. Star Wars Episódio IX – A ascensão Skywalker estreia nos cinemas e encerrará mais uma trilogia, que se iniciou em maio de 1977. E imaginar que lá atrás George Lucas temeu que seu filme fosse fracassar feio nas salas de cinema. Aliás sequer cogitava expandir sua fantasia espacial para uma das maiores franquias da cultura pop.
O fã de cultura pop de hoje está mal-acostumado, afinal, filmes de fantasia dominam as salas de cinema. Enquanto Martin Scorsese estreia seu Irlandês na Netflix. Na década de 70, o cinemão era habitado por figurões que olhavam para os filmes de fantasia como algo menor, um playground para crianças. Porém ao passo que o cinema de drama seria um cassino para os adultos. Há relatos que, antes do lançamento do primeiro filme em 1977, George Lucas exibiu o filme numa sessão para outros diretores de cinema e ouviu Brian De Palma dizer que era o pior filme que já viu.
A saga
Pior filme ou não, a verdade é que o público embarcou junto com Luke, Leia e Han na Millennium Falcon. Além disso, transformou Star Wars – Uma Nova Esperança na maior bilheteria daquele ano. E ainda moldou uma geração que ansiava pelo próximo lançamento da saga que se passava numa galáxia muito distante.
Após três filmes a série teve um hiato de 16 anos e retornou para as telonas em 1999 com o filme Star Wars – A ameaça Fantasma. A trilogia que contava o início da história de Darth Vader não conseguiu criar o mesmo barulho no espaço da geração X e houve quem decretasse que Star Wars havia ficado para trás na vanguarda dos filmes de fantasia. Afinal, o início do século já trazia Heróis da Marvel, Bruxos de Hogwarts e a Terra média para dividir a atenção dos fãs do cinema fantástico.
O sucesso
Mas, a força estava prestes a despertar e voltar com tudo. A Disney comprou a Lucasfilm em 2012 e anunciou que novos filmes da saga Star Wars seriam lançados a partir de 2015. Dito e feito, em dezembro de 2015 estreava Star Wars – O despertar da Força. Foi um legítimo arrasa quarteirão. Recordes e mais recordes quebrados e uma bilheteria que ainda figura no topo da lista dos cinemas norte-americanos. Entre o filme de 2015 e o que estreia nesta semana houve o capítulo do meio que estreou em 2017: Star Wars Os últimos Jedi. E até hoje divide opiniões sobre ser uma bagunça ou ser genial.
O cinema e seus gêneros sempre sofrem mutações para se adaptar ao Zeitgeist que flutua sobre nossa sociedade. Se no passado os filmes de fantasia precisavam fazer acordos para serem exibidos em salas de cinema, hoje, as redes de exibição lotam suas sessões para acomodar o próximo grande lançamento do cinema fantástico. E grandes diretores migram para exibir seus filmes em plataformas de streaming.
Esse escapismo da realidade que embarcamos numa sala de cinema por duas ou três horas costuma ser mais satisfatório do que assistir a História de um Casamento (Netflix). Mas, não esqueçamos que a 7ª arte deve sempre entregar uma boa história, se essa boa história está num capanga da máfia de Chicago ou numa guerreira empunhando um sabre de luz numa galáxia muito distante que a força te guie para conhecer as boas histórias que o cinema já contou e as que ainda vai contar.
Foto: Divulgação
Confira mais matérias Geek: https://conteminformacao.com.br/contem-geek-by-pedro-irie-ccxp-2019-mostra-a-forca-do-publico-geek-no-brasil/
Confira sessões no Shopping ABC: https://www.playartecinemas.com.br/cinemas/abc