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quinta-feira, 18 abr, 2024
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Contém Geek by Pedro Irie: Vamos falar sobre liberdade de expressão?

Quando me ofereceram a chance de escrever sobre conteúdo Geek ano passado eu não imaginava que dentre os assuntos que eu abordaria estaria a censura por órgãos públicos às obras de ficção. Pois bem, começamos 2020 com um desembargador do Rio de Janeiro pedindo para retirar do catálogo da Netflix um filme que faz piada com Jesus Cristo.

Tivessem os produtores entrado numa missa e exibido o filme para os fiéis no horário do culto, caberia motivo de sobra para gerar uma revolta dessas e até acionar a justiça contra quem realizou o filme. Mas não, a obra está localizada num serviço de streaming dentre outras milhares de opções e, só assiste quem quiser. Aliás, é um filme bem sem graça.

Nenhuma obra de ficção está isenta de críticas. Porém, em pleno 2020 precisamos recorrer a medidas nos tribunais superiores para que um filme de 40 minutos possa ser exibido dentro de uma plataforma privada.

A censura

Para escrever sobre entretenimento no Brasil de agora em diante precisamos também checar o Jusbrasil. Percebem o tamanho do absurdo? Agora quando lançarem um filme, um livro ou uma HQ ao invés de eu escrever na minha coluna sobre o lançamento do mundo Geek eu tenho que torcer para que um juiz  não acatar um pedido de censura. E até mesmo remover a obra do cinema, do streaming, da livraria. Enfim, se produtos destinados ao entretenimento podem ser censurados porque desagradam uma parcela da sociedade, então, o que impede um juiz de censurar o próximo filme do Batman? Ou a próxima extensão do Mortal Kombat? Ou uma skin do Free Fire que seja?

Quando um órgão que tem poder para cercear o direito de exibição de um simples filme o faz, todos aqueles que possuem o talento para criar estão sob risco. E nós, consumidores e admiradores das boas histórias que a cultura pop já contou, e ainda vai contar, precisamos lutar para que as obras cheguem ao público. E, além disso, não fiquem paradas no meio do caminho nas mãos de censores com poder de julgar o que podemos ou não consumir.

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